Um parque aquático inaugurado recentemente em Cabul, no Afeganistão, promete diversão aos moradores — desde que sejam homens.
As mulheres são proibidas no empreendimento, construído em um ano, a um custo de R$ 10 milhões.
Além dos tobogãs e escorregadores, o parque possui restaurante, banheiras, sauna e uma área de lazer para crianças. Até os dez anos, meninos e meninas podem brincar. Depois dessa idade, elas são proibidas no local porque o Afeganistão mantém para elas o hábito do uso da burca, a vestimenta islâmica que cobre totalmente o corpo e o rosto, instituído pelo Taliban. O ingresso custa cerca de R$ 20.
O país vive uma nova fase, de investimentos por empresários interessados em mudar o cenário de pós-guerra que predomina no Afeganistão.
No ano que vem, é esperado que as tropas internacionais deixem o país, depois de mais de dez anos de ocupação. Desde 2001, quando o regime dos talebans foi derrubado por uma guerra liderada pelos Estados Unidos, as mulheres já fizeram vários progressos.
Ainda assim, o atual governo continua seguindo a linha ultraconservadora do Islã, onde a segregação por gênero é uma regra de conduta.
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